domingo, 15 de maio de 2011

:: Céu azul

Leve o dia e fica algo. A ser pulsado, a ser mantido, a ser descoberto.
Leva o dia, mas fica algo. De você inteiro, excesso, exato.
Sei lá explicar, o som da sua risada, o sorriso do seu olho no meu olho, seu jeito de falar… tudo invadindo meu ser e fazendo vibrar.
Você me deixa boba, me deixa tonta, meio atordoada, sabe lá.
Amor, paixão, encantamento ou outro nome que já tenham inventado.
To falando daquele sentimento que o sorriso da gente não consegue evitar… que escapa pelos olhos só para encontrar o outro mais urgente.

sábado, 14 de maio de 2011

:: Da solidão

Dia triste e pesado. Nessas horas a solidão pesa mais do que todos os outros pecados.

:: Diluído em água fria

Tem certas coisas que a gente não espera e olhar a verdade pode ser doloroso. Há uma mágoa em mim profunda, um incômodo por ter defendido quem me negou, por ter acreditado em mentiras tão fáceis e em promessas tão rasas. O computador fica aqui olhando pra mim a espera de algo a ser dito, mas eu só encontro silêncio nessa vazio tempestuoso que virou a minha alma. Não há o que ser feito, rompeu, desfez...
Cansei de ser a menina com o coração partido-remendado. Não há sorrisos no meu rosto, nem orgulho no meu discurso, só há em mim agora uma constatação óbvia do impossível, de um dia eu-e-você-nós-dois.
Cansei do meu coração bater forte por coisas erradas, por notícias suas de não vou, ou não posso, por nunca ser você quando o telefone toca ou quando a campainha dispara.
Cansei da sua falta de tempo, de apego e da sua sobra de história.
Eu cansei desse "amor" diluído.

sexta-feira, 13 de maio de 2011

:: Despedida

Eu disse que amava ele e que queria tentar, numa tentativa de trégua definitiva, quem sabe, dessa vez desse certo. A única coisa que ele me respondeu foi que não queria mais saber de confusões. A gente já tinha passado por muitas coisas, algumas vezes ele me magoou mais do que imagina, certa vez me deixou sem chão e outras me fez sentir dores onde parecia que o ar fugia do próprio peito de tanto que doía. Mas dessa vez foi diferente. A dor não foi profunda, ou desesperada e eu nem posso dizer que eu não esperava algo de negativo vindo dele depois de tanta coisa desencontrada, de tanta solidão a dois machucada. Mas essa dor, que não me fez perder o ar nem nada, me causou mais mal do que todas as outras e se instalou silenciosamente em mim, enquanto uma lágrima corria e eu enxugava, respirava fundo e dizia nunca mais.