quarta-feira, 30 de junho de 2010

:: Nesse lugar

Mais uma música minha, pena que não aprendi cifras direito, pois o mais bonito dela é a melodia. Assim que der coloco aqui =]


A roda do mundo que gira
A porta aberta pra ver a gente simples passar
As montanhas do outro lado da cerca
A calmaria que nos faz encontrar a paz

O rio do outro lado da terra
Nos leva e nos faz sonhar
Viagens prum mundo distante da guerra
A vida simples a se levar

O pássaro no céu anuncia
O tempo bom que virá
A bela moça passeia e canta
Os encantos de um sábia

Menina chega pra perto da roda
E brinca de acreditar
Que a bondade existe
E que está em todo lugar

terça-feira, 29 de junho de 2010

:: Nem todo você

To postando aqui uma música que eu fiz, foi a primeira na verdade, quando decidi comprar meu violão e ser auto-ditada. Bom, a experiência não deu muito certo como eu esperava... Mas eu não podia imaginar que uma pessoa como eu, que quando criança aprendeu piano clássico, tivesse tanta dificuldade em tocar um instrumento com tão poucas cordas! rs. Deus brincou feio comigo quando me fez canhota!

Enfim, essa música, não é uma música bonita, muito menos sobre uma história de amor, nem de longe é o meu melhor texto, mas achei legal postar aqui. Na verdade ele conta o fim do meu último relacionamento há mais de um ano atrás. E fala sobre as decepções que a gente sempre acaba encontrando quando nossas expectativas ultrapassam os limites do outro. Normal. A dor de um término sempre faz a gente crescer e enxergar. Enxergar melhor o que queremos e até onde podemos ir. Pois só amor nunca é o bastante! Porque sempre fica aquela sensação que falta algo. E quando a gente vê, nós vamos baixando nossas expectativas para tentarmos erroneamente, encaixarmos na do outro. O que eu aprendi com essa experiência é que nada que não complete a gente de verdade nos faz realmente feliz. E por isso mesmo não vale à pena.
Boba sim, mas eu ainda acredito e espero pelo príncipe encantado!
Que alguém me faça sentir tudo aquilo que eu já me esqueci.



Nem todo você

Nem todo você
Eu abro a porta
Nem todo você
Eu saio e vou embora

Nem todo você
Em versos e provas
Nem todo você
Eu jogo tudo fora

O que não vale
Perece com o tempo
São as nossas lembraças
Que joguei aos ventos

Eu me libertei
Das suas armadilhas
Eu me toquei
De todas as mentiras

Apesar de você
Dizer me amar
Não quero saber
Com pouco não se brinca, não se ganha

Nem todo você
Nem toda importância
Na sua petulância
Se achando indispensável

Nem todo você
Nem toda trajetória
Nem toda história
Nem todo você

Nem todo você
Não tem importância
Nem você
Ou toda nossa história

Nem tudo é você
Nada pra você

:: Do firmamento

Os pés que acostumados a terra estavam
Um dia perderam o medo e aprenderam a voar
Esqueceram-se então dos solos seguros
E ganharam os desejos dos céus

segunda-feira, 28 de junho de 2010

:: Paráfrase ao meu querido poeta

As feias que me desculpem
Mas beleza é fundamental
Não aquela que agrada aos olhos
Mas aquela que engrandece a alma

:: P-alavra

Irmã, parabéns por mais uma conquista! Te amo minha pequena grande!


P-alavra


Para poder pendurar a palavra perdida
Pernoitei por pura possessão
Preceituei a palavra para todos
Provoquei para pronunciar o problema.
Parti, partindo assim seu coração
Peguei a parte que parti e engoli
Perdi a parte perfeita de nós
Perdoei a participação perversa.
Percebi os lábios previsíveis
Procuro a palavra não pronunciada
Posso persistir no poder da fala
Para que eu possa aproveitar o pecado.

Gizelle d'Able

-------------------------------------


Resposta à P-alavra

Para poder achar a palavra perdida
Parti por pura pacificação
Perpetuei a palavra para mim
Preveni para provir a solução.
Prossegui, perseguindo a minha razão
Peguei a parte que partiu e uni
Principiei a parte perfeita de nós duas
Pequei pedindo a complacência
Pronunciei palavras prescindíveis
Penetrando o silêncio pávido
Persisti no poder da prática
Para percorrer a nossa redenção.


Aline d'Able

quinta-feira, 24 de junho de 2010

:: Estrela minha

Um dia ele me pegou desprevenida e disse:

- Moça bonita, o brilho no teu olhar faz a gente acreditar que as estrelas se acendem até a luz dos dias.

:: Rosa-dos-ventos

Como o mesmo vento que traz e leva, que acalma e apetece, que de leve brisa ondulante aquece o rosto, tem a repentina capacidade de se transformar no sorvedouro escuro que tudo esmaga e esquece?
Verga a mente com asseverações e limitações, pelas necessidades flutuantes que o coração desconhece.
Como porventura, achar a rosa-dos-ventos que nos norteia o horizonte, se vivemos na cegueira egoísta que oblitera os caminhos que só o coração enxerga e conhece?
O que valerão os sussurros, a rosa-dos-ventos, o protagonismo se não soubermos ouvir o que o nosso coração mais anseia?
Como ouvir a voz que nos fala à alma?
Enquanto tivermos presos pelas voragens das loucuras cotidianas, das camuflagens que nos vestimos, da prepotência que nos atrofia, das incompreensões insultuosas, viveremos à espera do encaixe perfeito de peças que nunca estarão ali.
Que saibamos sentir o vento que nos toca rosto, a paz que nos conforta o espírito e a voz que nos fala ao coração, que de tudo sabe e de tudo reconhece.

quarta-feira, 23 de junho de 2010

:: Hoje eu acordei

Hoje eu acordei com uma vontade de falar sobre os pássaros que cantam; sobre os velhinhos apaixonados que andam de mãos dadas pelas ruas; sobre as canções que falam de amor ao pé do ouvido da gente; das promessas que a gente faz, mesmo sabendo que nunca se cumprem; dos sonhos; das utopias.
Dos tempos que bastava um sorriso e um olhar, para aquecer o corpo e o coração da gente; e daqueles que faziam a gente acreditar em histórias de amor, finais felizes, conto-de-fadas e em faz-de-conta que acontecem.
Então mesmo que o dia passe e a noite aconteça,
Pois amanhã é sempre outro dia...
E as circunstâncias nos tragam à realidade novamente,
Já terá valido à pena só pela sensação do que se deseja.

:: Eu de mim mesma

Ahh, eu sei, eu sei, que essa música aqui debaixo é brega, que é dos Backstreet Boys, mas hoje eu estava indo pro trabalho de carro e essa música tocou no rádio e, imediatamente ela me deu um sentimento gostoso de nostalgia! Das épocas do colégio, onde as maiores ambições da gente, não passavam de tirar a nota mais alta da turma, ou quando as maiores preocupações se baseavam em saber se aquela pessoa que a gente era a fim, estaria na festa junina do colégio e nos pegávamos imaginando no que poderia acontecer. Sim, minha adolescência e gostos infantis se estendeu mais do que eu poderia gostar de dizer ou de contar, mas valeu! Pois eu sempre fiz tudo o quis e no meu tempo, mesmo que o tempo dos outros fosse tão diferente do meu! Meu lado criança, de espírito livre e coração leve permaneceram. E ainda bem! Pois hoje me trouxeram até aqui. E eu não poderia querer estar em lugar melhor do que em mim mesma...




All I have to give (Tudo Que Tenho Pra Dar) - Backstreet Boys

Eu não sei o que ele faz pra te fazer chorar,
Mas eu estarei lá pra fazer você sorrir.
Eu não tenho um fantástico carro,
Mas para pegar você eu andaria mil milhas.
Eu não ligo se ele te compra coisas bonitas
Os presentes dele vêem do coração? - eu não sei...
Mas se você fosse minha garota...
Eu faria com que nós nunca estivéssemos separados.
Mas meu amor é tudo que tenho pra dar
Sem você acho que não posso viver
Eu queria poder te dar o mundo...
Mas amor é tudo que eu tenho pra dar.
Quando você fala, parace que ele não está
Nem ouvindo uma palavra que você diz?
Tudo bem bebê, diga-me seus problemas
Vou fazer o melhor pra acabar com eles...
Ele te deixa quando você mais precisa dele?
Os amigos dele tomam todo seu tempo?
Por favor...estou de joelhos
Rezando para o dia que você será minha!!
Mas meu amor é tudo que tenho pra dar
Sem você acho que não posso viver
Eu queria poder te dar o mundo...
Mas amor é tudo que eu tenho pra dar.
Pra você...
Ei garota,
Eu não quero que você chore nunca mais
Todo o dinheiro do mundo não poderia substituir o amor
Que eu tenho aqui dentro...
Eu te amo querida
E eu vou te dar
Tudo que eu puder,tudo que eu puder
Tudo que eu tenho é pra você
Mas meu amor é tudo que tenho pra dar
Mas meu amor é tudo que tenho pra dar
Sem você acho que não posso viver
Eu queria poder te dar o mundo
Mas amor é tudo que eu tenho pra dar pra você

terça-feira, 22 de junho de 2010

:: Das partidas

Sabe o que é engraçado?
A vida vive pregando peças na gente!
Quando a gente acha que sabe das coisas, vem uma onda e muda toda a paisagem, transformando tudo ao nosso redor e fazendo a gente recomeçar do ponto de partida, às vezes como se nada antes - o resquício de vida, as lágrimas que se traduziam em sorrisos, os choros tanto antes contidos, os suspiros que falavam ao coração da gente - tivessem existido ali, na mesma praia, na mesma areia quente, no mesmo vento que sopra do leste.
É o mesmo lugar, as mesmas pessoas, só que as canções agora são outroras. E quando a gente canta novamente, fica meio dissonante! E a gente percebe que aquela melodia, aquelas notas tanto antes entoadas, desafinam ao coração da gente.
E quando a gente enxerga essa nova paisagem, é a hora que nos libertamos de todos os nossos medos e abismos e fantasmas.
E a gente parte
Mesmo o que fica
Parte, parte, parte...

:: Chasing Cars - Snow Patrol



Chasing Cars (Perseguindo Carros)

Nós faremos tudo isto
Tudo
Sozinhos
Nós não precisamos
De nada
Ou de ninguém
Se eu deitar aqui
Se eu apenas deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?
Eu não sei direito
Como dizer
Como me sinto
Aquelas três palavras
são ditas demais
Elas não são o suficiente
Se eu deitar aqui
Se eu apenas deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?
Esqueça o que foi dito
Antes de ficarmos muito velhos
Mostre-me um jardim que esta se abrindo para a vida
Vamos passar o tempo
Perseguindo carros
Em volta de nossas cabeças
Eu preciso de sua graça
Para me lembrar
De encontrar a minha
Se eu deitar aqui
Se eu apenas deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?
Esquecer do que nos falam
Antes de ficarmos muito velhos
Mostre-me um jardim que esta se abrindo para a vida
Tudo que eu sou
Tudo que eu sempre fui
Esta aqui em seus olhos perfeitos, eles são tudo o que eu consigo ver
Eu não sei onde
também estou confuso sobre o "como"
Apenas sei que estas coisas nunca mudarão para nós
Se eu deitar aqui
Se eu apenas deitar aqui
Você deitaria comigo e esqueceria do mundo?

segunda-feira, 21 de junho de 2010

:: Essa Mulher - Elis Regina



De manhã cedo essa senhora se conforma
Bota a mesa, tira o pó, lava a roupa, seca os olhos
Ah. como essa santa não se esquece de pedir pelas mulheres
Pelos filhos, pelo pão
Depois sorri, meio sem graça
E abraça aquele homem, aquele mundo
Que a faz assim, feliz
De tardezinha essas menina se namora
Se enfeita se decora, sabe tudo, não faz mal
Ah, como essa coisa é tão bonita
Ser cantora, ser artista
Isso tudo é muito bom
E chora tanto de prazer e de agonia
De algum dia qualquer dia
Entender de ser feliz
De madrugada essa mulher faz tanto estrago
Tira a roupa, faz a cama, vira a mesa, seca o bar
Ah, como essa louca se esquece
Quanto os homens enlouquece
Nessa boca, nesse chão
Depois parece que acha graça
E agradece ao destino aquilo tudo
Que a faz tão infeliz
Essa menina, essa mulher, essa senhora
Em que esbarro toda hora
No espelho casual
É feita de sombra e tanta luz
De tanta lama e tanta cruz
Que acha tudo natural.

:: Mulher comum

Ela chega do trabalho. Abre a porta de casa e procura por alguém mesmo sabendo que não haverá resposta. Ela lentamente tira seu sapato e massageia seus pés cansados depois de um dia cheio. Enquanto isso, ela vai pensando no tanto que ainda tem que fazer, como num dia normal, com tantas outras obrigações que ainda tem que cumprir. E por uns instantes ela se esquece do que gostaria de fazer e não pode devido ao tempo ou das impossibilidades da vida mesmo.
Ela se encaminha para o banheiro e se despe de todas as suas roupas e preocupações. E por um momento, só o que ela deseja é que a água quente a percorra aquecendo seu corpo e sua ideias.
Depois do banho, como que num ritual quase que sagrado, ela se joga numa poltrona da sala-de-estar, deixando o sol frio do fim das tardes de junho brincar de luz em seu rosto. Como toda mulher mais comum ela deseja as coisas simples da vida: viver um grande amor, casamento, filhos, em família... daquelas que só a gente constrói.
Serão esses pensamentos sonhos, desejos reais ou loucura de mais um dia que se despede virando noite em solidão?
Ela interroga seu espelho e se pergunta se seria tão errado assim ter ambições tão simplórias diante da complexidade de todos os seres, interagindo com todas as coisas, na corrida silenciosa de todos os relógios frenéticos com suas horas aflitas.
E ela pensa no vinho que ainda não abriu, no espasmo que ainda não sentiu, do grito que se preveniu, no choro que previu a clareza de todas as suas ânsias, de todas as dúvidas, de todas as certezas, de todas as suas respostas.

:: De longe

Te vejo sem você me ver
E imagino se você me vê como eu te vejo
Assim de longe, no meu olhar mais desconfiado
Imaginando se seria você

:: Transgressão

A gente vive colocando nossas culpas em cima dos outros... Fizemos isso porque fulano fez aquilo; agimos com desprezo porque agiram conosco; não tivemos nenhuma ação, apenas uma reação. Parece aquele velho jogo político do empurra do qual já conhecemos bem... E assim tudo se vai numa cadeia cíclica eternamente.

A verdade é que todos nós temos culpas, mentiras, verdades e responsabilidades. Um ato por si só nunca pode ser avaliado sozinho ou fora de um contexto.

Vivemos invertendo e subvertendo nossos valores, perdidos entre o que achamos que é o correto, o que gostaríamos de fazer e, o que afinal fazemos. E o correto vem sempre depois do que os outros vão pensar; do orgulho mesquinho; da vaidade cega; da covardia enfim.

Tentamos agir com racionalidade, alguns chegam a chamar até de personalidade, a maneira de agir de forma egocêntrica, estúpida e egoísta.

Às vezes temos mesmo o dom natural de abafar o que vem do coração.

Cabe a nós seguir em frente fingindo que nada aconteceu ou parar. Parar e enxergar a nossa parcela de erros e acertos, deixar de lado nossos medos e inseguranças e exceder os limites que nós próprios nos impomos.

E seguir...
Mas aceitando que somos seres imperfeitos e falíveis por natureza e que errarão e erraremos de vez em quando.

Mas, que no final das contas, o que vale mesmo é o quanto nós tentamos acertar, o quanto estamos verdadeiramente dispostos à nos doar.

domingo, 20 de junho de 2010

:: Do Blog

Escolhi esse nome não por acaso para esse blog, pois não sei porque motivos a gente tem mania de sempre complicar as coisas ao nosso redor e com a gente mesmo. Na verdade é bem simples: se você se conhece bem, sabe intuitivamente aquilo que quer para você e assim o resto vai fácil! Porém, às vezes parece que temos um mecanismo de auto-sabotagem e nos perdemos pelo caminho, perdendo nosso precioso tempo, com coisas, atitudes e pessoas que não irão nos acrescentar nada, ou nos levar a lugar algum. Quantas vezes insistimos em erros por teimosia, orgulho ou até mesmo falta de coragem para mudar alguma coisa? Quantas vezes em relacionamentos nos violentamos fazendo aquilo que não queríamos, só pelo simples fato de agradar ao outro? Quantas vezes passamos por cima das coisas, dizendo - deixa pra lá, não foi nada. Quando o que na verdade queríamos dizer era um belo - eu te odeio! Penso da seguinte forma: melhor ser egoísta! Antes a sincerade do que uma mera ilusão!