segunda-feira, 27 de junho de 2011

:: Soneto da Ausência

Vejo seu olhar perdido na cidade
Encontro o seu rosto em cada rosto que eu vejo
Mas seu perfume desapareceu assim como seus retratos
Seus cabelos já não estão mais entre os meus dedos

Minhas pernas agora já andam sem as suas
Mas minha mão nunca alcança a de ninguém
Sua falta agora trescala a toda hora
Me lembrando de encontrar ausência em vez de vida

O som da sua risada, todos os seus ruídos
Ou suas palavras desbocadas quando estava com raiva
Já não encontro, não existem mais

Não pertenço mais aos lugares que eu vou
E nem me encaixo ou me encontro mais em mim
Meu coração vazio cheio de lembranças, agora deságua por aí

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