segunda-feira, 7 de novembro de 2011

:: Catarse

Me rotule! É o que as pessoas gostam de fazer. Rotular as coisas e as pessoas como se tudo aqui já tivesse sido criado, com nome e forma, sombra e verso, mesmo a gente se deparando com o milagre do novo a cada instante.

Então eu sou mesmo uma louca, uma desesperada. Ansiando pelo frêmito nos cabelos e o espasmo em cada músculo, a cada risada. Meu corpo procurando pelo movimento, se encaixando de incoerências e contradições, na busca voraz de sensações vividas pela ponta dos dedos e do arrepio dos pelos.

É que eu nunca fui boa nessa coisa de me esconder, de me conter, de embrulhar a vida e guardar pra depois. E pra quê? E pra quem, se não for pra mim?

Minha alma é excesso, explosão, é um vendaval que não se anunciou.

Sentir a beleza dos encontros, dos acasos, dos impactos, dos choques entre os seres quando se esbarram, é o que agora me faz feliz, ainda que essa não seja a minha maior crença.

É nessa hora que você vira e me pergunta: ”Inferno! Então no que é que você acredita?”

Eu acredito tão mais num coração pulsante...

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